A carismática capitã da seleção brasileira de volei, Gabriela Braga Guimarães, ou simplesmente Gabi, é reconhecida como uma das melhores jogadoras a emergir do país sul-americano que ama o volei. Com duas medalhas olímpicas e não muitos títulos em clubes e competições internacionais, Gabi continua a solidificar seu nome entre as lendas do esporte. Começo tardio no volei Uma criança muito ativa, Gabi praticou muitos esportes diferentes antes de se apaixonar pelo volei. Ela nadou por quatro anos, jogou tênis por nove e também experimentou futebol em sua cidade natal, Belo Horizonte, antes de dar uma chance ao volei aos 14 anos. O que a atraiu para as quadras foi a possibilidade de ficar perto de seus amigos do ensino médio que jogavam o esporte, mas o talento claro e a determinação de Gabi a levaram a alcançar novas alturas. Sua
primeira tentativa de dar um passo à frente no esporte, no entanto, terminou em frustração, pois foi rejeitada em um teste no tradicional clube brasileiro Minas Tênis Clube porque foi considerada muito baixa para jogar volei. Gabi foi então aceita no Mackenzie, onde continuou a se desenvolver e se tornou profissional aos 16 anos. Longa história com a seleção nacional Se o começo de Gabi no volei foi um pouco tardio, sua trajetória com a seleção brasileira tomou um caminho totalmente diferente, pois no primeiro ano em que jogou o esporte, ela foi convocada para a seleção juvenil do país. Gabi liderou o Brasil a conquistar o ouro no Campeonato Sul-Americano Sub-18 de 2010 e dois anos depois já estava na seleção principal. Em 2013, aos 19 anos, ela jogou sua primeira partida como titular e em 2022, após a aposentadoria internacional de Natália Pereira, foi selecionada como capitã da seleção brasileira. Sucesso com clube e país A carreira de Gabi tem sido marcada pelo sucesso tanto no clube quanto nas competições internacionais. Em 13 anos com a seleção nacional, ela participou de três Olimpíadas, conquistando prata em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024. Ela também levou seu país ao pódio em duas edições do Campeonato Mundial FIVB, conquistando prata em 2022 e bronze em 2014, e ajudou a conquistar três títulos do Grand Prix FIVB e três medalhas de prata na Liga das Nações de Volei. No nível de clubes, ela tem seis ouros na Superliga Brasileira com Unilever e Minas, bem como cinco títulos sul-americanos. Durante seus cinco anos com o VakifBank, ela conquistou dois títulos da Liga Turca, dois da Liga dos Campeões da Europa e um título do Campeonato Mundial de Clubes FIVB. Após nove anos no Brasil e outros cinco na Turquia, Gabi abraçou um novo desafio em 2024-2025, ingressando nos gigantes italianos Prosecco Doc Imoco Conegliano, possivelmente o time de clube mais bem-sucedido do mundo na última década. A estrela mais brilhante em uma equipe com muitas delas, a brasileira encontrou sucesso imediato em sua nova casa, levantando o troféu da Supercopa Italiana nas primeiras semanas no país. A filha do Deus do volei A capacidade de Gabi de realizar praticamente todas as habilidades do volei em um nível de elite lhe rendeu alguns apelidos no esporte. Ela é conhecida há anos como “Miss Tudo” e em 2024 foi chamada de “a filha do Deus do volei” pelo técnico da seleção polonesa, Stefano Lavarini, que trabalhou com ela por uma temporada no Minas. Muito técnica e explosiva, Gabi é conhecida por sua capacidade de permanecer calma e focada em situações de alta pressão, entregando jogadas fortes em momentos-chave das partidas.
