O Brasil provavelmente apresentará algumas caras novas ao mundo durante a Liga das Nações de Volei de 2022, já que os medalhistas de prata olímpica de Tóquio estão prestes a iniciar um processo de reconstrução após alguns anos bem-sucedidos com o mesmo núcleo. O técnico José ‘Ze Roberto’ Guimarães já está trabalhando com um grupo de jogadores no Centro de Treinamento da Federação Brasileira em Saquarema, e a maioria deles são caras novas no volei internacional, como a ponteira Júlia Bergmann, as centrais Diana Alecrim e Lorena Viezel e a líbero Natalia ‘Natinha’ Araújo.
As mudanças eram necessárias após alguns jogadores se afastarem da seleção nacional após os Jogos Olímpicos de Tóquio do ano passado. As ponteiras Fernanda Garay e Natalia Pereira e a líbero Camila Brait foram as primeiras a anunciar suas aposentadorias internacionais, mas alguns outros jogadores ainda não confirmaram se continuarão na seleção nacional em 2022.
“Será um ano muito importante para nós”, disse a oposta Rosamaria Montibeller em uma entrevista para o site brasileiro Globo Esporte. “É o ano após as Olimpíadas, mas já temos o Campeonato Mundial, então começaremos a renovar nossa equipe com um grande desafio à frente. Acho que será importante para o Brasil dar aos nossos jogadores mais jovens a oportunidade de jogar e experimentar, então este será um ano para reconstruir nossa equipe e desenvolver novos atletas. Haverá muitas mudanças e não será fácil, mas estaremos prontos para isso e determinados a fazer melhor.”
O Brasil vem de uma temporada prolífica em 2021, na qual conquistou a prata tanto nos Jogos Olímpicos como na VNL e reivindicou seu 22º título sul-americano. Com várias caras novas se juntando à equipe, alguns altos e baixos podem ser esperados para eles na temporada de 2022, que começa oficialmente em 31 de maio, quando os sul-americanos enfrentam a Alemanha em sua estreia na VNL.
Nesse cenário, o papel dos jogadores mais experientes na equipe se torna ainda mais importante e, aos 28 anos, Rosamaria está pronta para assumir o desafio. Uma das três jogadoras experientes já convocadas (as outras são a levantadora Roberta Ratzke e a ponteira Ana Cristina Souza), ela está ansiosa para ajudar os jogadores mais jovens a se adaptarem à equipe.
“Sabíamos que esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde, é parte do esporte”, disse Rosamaria, que se juntará ao campo de treinamento da equipe em 9 de maio. “Tive a sorte de estar na seleção nacional com alguns dos jogadores que ajudaram o Brasil a chegar onde está hoje e vou tentar compartilhar o que aprendi com eles e ao longo da minha carreira com os jogadores mais jovens. Estive no lugar deles no passado e estou ansiosa para cumprir meu papel e ajudá-los enquanto iniciam suas carreiras internacionais.”
Além de assumir um papel mais de liderança, Rosamaria também pode mudar de posição. Depois de anos jogando principalmente como oposta, ela pode ser usada por Ze Roberto como ponteira após as saídas de Natalia e Garay.
“Eu só quero estar na equipe”, disse ela sobre a possibilidade de mudar de posição. “Agora, me vejo mais como oposta e Ze sabe disso. Mas ele é um grande profissional, um técnico que presta atenção a todos os detalhes. E se ele acredita que posso ajudar a equipe como ponteira, estarei aberta a isso. Já joguei nessa posição no passado, sei que ainda tenho o que é preciso e farei qualquer coisa para estar na equipe.”
